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CHAMADA DE ARTIGOS

VOZES DA DIVERSIDADE: DIÁLOGOS ENTRE LINGUAGENS E ANTROPOLOGIAS

O colonialismo português e brasileiro tradicionalmente tentou silenciar as línguas e as linguagens das populações originárias. Contudo, apesar do genocídio ou das adversidades vivenciadas, esses povos não assistiram ou ficaram estáticos ao processo de colonização europeu, diferentes atitudes foram e continuam sendo tomadas para a manutenção e sobrevivência da diversidade sociocultural e linguística desses povos na/da Amazônia. 

 

A língua não é um instrumento neutro de comunicação, suas estruturas e significações são atravessadas por histórias, memórias e relações de poder. Na perspectiva dialógica inspirada nos estudos de Bakhtin, “a linguagem é entendida como uma forma de ação” (AHEARN, 2001, p.128). Considerando o papel da língua/linguagem não apenas como código linguístico ou veículo de comunicação entre as pessoas, mas também como ação, processos rituais, memória e atitudes linguísticas, buscamos contribuições textuais que abordem o caráter social da linguagem como produção, armazenamento, expressão, retomada e transmissão dos conhecimentos sobre os seres humanos e o meio ambiente.


Conforme Duranti (1997) a linguagem é uma prática cultural que pressupõe os modos de estar-no-mundo de um determinado povo. Assim, são bem-vindos trabalhos que reflitam sobre as diferentes concepções de mundo e suas formas de significá-los através da linguagem (como: léxico, mito, narrativa, música, dança, entre outros). Este dossiê é uma proposta para fortalecer os estudos no campo da Antropologia Linguística (e sua variante Linguística Antropológica) (Duranti, 1997); visa reunir notas de pesquisa, artigos, resenhas, ensaios fotográficos e entrevistas para compor o próximo volume do Caderno 4 Campos.

 

É possível a publicação dos resumos/trabalhos em línguas indígenas (com versões para o português brasileiro). 


Palavras-chave: Etnografia; Linguagem; Diversidade; Amazônia. 

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Referências

Ahearn, Laura M. 2001. Linguagem e agência. Revista anual de antropologia, p. 109-137.

Duranti, Alessandro. 1997. Linguistic Anthropology. Cambridge: Cambridge University Press.

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O envio dos trabalhos deve ser feito para o e-mail caderno4campos@gmail.com com o assunto “Dossiê Vozes”.

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Serão aceitos textos entre 10 a 15 páginas, seguindo as regras do Caderno 4 Campos, que podem ser acessadas na aba "Submissão", onde também pode ser encontrado o template para as produções.

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DATAS IMPORTANTES:

  • Prazo para envio dos trabalhos: 30 de abril de 2024

  • Previsão de publicação do dossiê: junho de 2024

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Organização

Michelly Silva Machado

Doutoranda em Antropologia pela Universidade Federal do Pará (PPGA-UFPA), campo da Antropologia Linguística, Bolsista CAPES (2021-2024). Mestra em Linguagens e Saberes na Amazônia (PPGLSA-UFPA). Mestra em Diversidade Sociocultural pelo Museus Paraense Emílio Goeldi (PPGDS-MPEG). Especialista em Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura (MPL) e Metodologia de Ensino de História. Graduação em Letras – Língua Portuguesa (UFPA) e Licenciatura em História (UVA). Dedica-se ao estudo das atitudes linguísticas e epistemologias dos povos originários na história da/na Amazônia. E-mail: mih.machado02@gmail.com.

Nayara Silva Camargo

Professora Adjunta da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA). Graduada em Letras - Licenciatura em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Mestre e Doutora em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Pós-Doutorado em Linguística Antropológica pelo Programa de Pós-doutorado da CAPES (PNPD) junto ao Programa de Pós-graduação em Antropologia (PPGA-UFPA). Pesquisadora Coordenadora do Grupo de Estudos de Linguística Antropológica: Descrição, Sociedade e Inclusão (GPLA-DSI-UNIFESSPA). Professora Colabora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFFPA (PPGA/UFPA) e Professora do Mestrado Profissional Profletras ILLA/UNIFESSPA.

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